segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Água, Saúde, Economia e Responsabilidade.

Tivemos, já há longos anos, a garantia de que a água de Évora iria ser potável.
Foi assim que enfatica e agressivamente se ganharam eleições.

Eu, como outros, soube da falta de água em Évora, cerca das 8.00 horas da passada terça-feira, através de uma torneira que não deitava pinga e pela SIC Notícias. E foi através da televisão e rumores que fui acompanhando a situação.

Esperava eu que as entidades locais responsáveis a quem pago o serviço me tivessem avisado de qualquer coisa. Mas não! Desligaram a água, que demora muitas horas até se esgotar e (talvez) esperaram que a população fosse sabendo, como nas aldeias em que uma notícia se espalha depressa através dos canais da vizinhança.

Que ninguém tem confiança na água de Évora há muito é um facto. Longos anos de nova gerência "renovadora" (ou caquética, já deveriam ter feito alguma coisa e, pelo menos, ter a humildade de explicar e avisar dos problemas.

Mas não, a culpa é sempre dos outros. Assumir responsabilidades não é apanágio de quem gosta de assumir o poder de qualquer forma. Hoje até vi no Diário do Sul um comunicado do PS que, para defender a câmara até atribuí culpas à gestão de há 9 anos, mistura o problema da hemodiálise no Hospital, em franco desrespeito pelos resultados científicos e decisões dos tribunais há tanto tempo, e diz que Montemor-o-Novo está cheio de alumínio. Como se todos fossem obrigados a ser analfabetos ou pior, estúpidos! Nem sequer têm em conta as palavras do presidente que disse que o alumínio era dos sais de alumínio do tratamento!

Seria interessante, e não apenas interessante mas necessário, contabilizar os prejuízos.
Quanto custou o fecho de empresas, de escolas, de serviços vários pela falta de água. Quanto custa esta falta de confiança, os boatos pela falta de esclarecimento?

No Inverno costuma chover. Que se saiba não houve nenhuma catástrofe.

Outras empresas, por exemplo a EDP (a custo), quando não fornecem um serviço ou por causa da falta dele ou de prejuízos relacionados, são obrigadas a indemnizações.
Eu, como toda a população, que até é obrigada a ter água canalizada, não assinei um contrato que me obrigue a beber água de garrafões ou a ter surpresas indesejadas.
Um contrato envolve sempre mais que uma parte. Devemos pagar o fornecimento de água; temos direito a água potável, a esclarecimentos sérios e a indemnizações por incumprimento.
E aqui porque não? Pagamos, temos direito a ser ressarcidos.

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