domingo, 20 de dezembro de 2009

Trânsito da Rua da Ladeira

É necessário discutir a cidade como um todo, como um sistema em que as várias partes têm influência umas nas outras. Acima de tudo porque a cidade deve ser vivida por todos, permitindo a liberdade de cada um sem que essa se sobreponha aos outros. Discutir e fazer. Uma proposta:

No sentido da valorização do centro histórico de Évora e no bem estar dos seus habitantes, umas das principais preocupações que tenho neste âmbito está associada ao trânsito. Entre os vários casos que se poderiam escolher, considero cada vez mais importante pensar no trânsito na Rua Gabriel Vítor do Monte Pereira, antiga Rua da Ladeira. O clube dos Vinte, o Centro de Actividades Infantis e a Adega do Alentejano criam um fluxo de viaturas e paragens de viaturas incorrectamente a que se acrescenta o trânsito oriundo do Largo de Santa Catarina e veraneios entre a Praça do Giraldo e o Largo Joaquim António de Aguiar, onde há novos espaços de funcionamento nocturno. Todos estes equipamentos tornaram a vida dos moradores insuportável dia e noite. A rua não apresenta condições técnicas para o fluxo de viaturas que a atravessam, originando graves problemas de acessibilidade e poluição aos seus moradores. Com esta observação não estou a questionar a importância das actividades das entidades que citei, pelo contrário, o objectivo é que se dignifiquem de forma articulada com a sua envolvente social, pois existem soluções para isso, que poderei enumerar e que já foram aplicadas noutras cidades.


O sinal da zona de cargas e descargas no pequeno Largo junto ao centro de actividades infantis, está incorrectamente sinalizado e vários condutores fazem desse reduzido espaço parque de estacionamento permanente, esquecendo que os moradores precisam de o utilizar, no mínimo, para descarregar os produtos alimentares para suas casas. Os serviços técnicos da CME alhearam-se desse problema à revelia de orientações superiores - quero dizer da presidência do município - para a correcção da sinalética do local. A PSP intervém na medida das suas possibilidades, mas a má colocação dos sinais limita-a na execução da sua actividade fiscalizadora. É urgente corrigir esta situação.

Uma chamada de atenção aos sócios do clube dos vinte certamente resolve algumas das situações de paragem indevida, é gente de bem e que compreende as situações, a mesma atenção deve ser seguida pela adega pela direcção da adega do alentejano

Os familiares das crianças do centro de actividades infantis colocam as viaturas em frente das portas impedindo o acesso aos seus moradores numa clara situação de falta de educação cívica e moral, para com os idosos que aí vivem, num claro exemplo como a degradação de valores tem afectado a sociedade eborense. A responsabilidade deste comportamento não é da direcção da "escolinha", mas a sensibilização da direcção junto dos familiares das crianças para esta situação parece justa e adequada e poderia trazer resultados benéficos para todos. Deve ser colocado um polícia ou alguém com autoridade no período das entradas e saídas das crianças para evitar estas situações, tal como acontece noutras cidades, inclusive para segurança das crianças e familiares ao atravessar a rua.

A criação de novos espaços comerciais na Rua dos Penedos, no prolongamento da Rua de São Cristóvão irá agravar a situação de trânsito nesta rua. É necessário resolver esse assunto, pois existem formas simples e eficazes, assim haja vontade política e disciplina dos técnicos para a execução das decisões. O acesso à rua deve ser de imediato restringido apenas aos moradores até que um plano geral de acessibilidade e trânsito para o centro histórico apresente soluções para a resolução global deste problema.

Feliciano de Mira, morador

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