quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A farsa do 1º ciclo de avaliação dos professores.

O primeiro ciclo de avaliação correspondia aos anos lectivos de 2007/2008 e 2008/2009. O decreto de avaliação saiu a meio do ano lectivo de 2007/2008, já o ano lectivo ia por aí adiante. Só teria sentido se fosse publicado antes, porque os objectivos só têm sentido se forem propostos no início de um ciclo. Ora apresentar a meio de um ano lectivo já pressupunha efeitos retroactivos.

Mas a coisa piorou. Em 2009 foi publicado o decreto “simplex” que contrariava e anulava os objectivos propostos, já que a legislação tinha mudado,  já o processo ia a mais de meio.

Depois deu para tudo. Quem apresentou objectivos, estivessem ou não de acordo com o Projecto de cada escola, apresentou quando quis ou segundo a “boa vontade das escolas”, uma forma de desacreditar o processo ainda mais e prejudicar os que se mantiveram coerentes: uns em Fevereiro, Março… até em Junho, depois do final das aulas.

É ou não uma farsa classificar professores que propuseram meses e até anos (repare-se nas datas) depois de iniciado o ciclo? Que sentido tem dar Muito Bom ou Excelente a quem no fim do processo (alguns dos quais até tinham assinado documentos contra) apresentou objectivos e teve aulas assistidas? Com efeitos retroactivos, com prejuízo dos outros?

Desrespeito para com os que no final se lembraram de ser avaliados?

Alguém formulou objectivos no início do ciclo? Agora que no final formularam objectivos têm que ser premiados em desfavor dos outros?


Todos os partidos da oposição votaram a favor da suspensão do processo na última legislatura. Todos os partidos da oposição durante a campanha eleitoral prometeram a suspensão da avaliação.
A suspensão é necessária e os partidos têm obrigação de serem coerentes e respeitar os resultados das eleições.

Parece, pelo que vejo agora na Assembleia da República, o PSD está a “roer a corda”.

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