quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Aldeia da Ponte. A capeia raiana
























A capeia começa depois de um bom almoço e tempo para o digerir. A praça enche-se até abarrotar. Seis mil pessoas?
Os mordomos pedem a praça a cavalo, com música apropriada. Depois começam, a um e um, a vir os touros até quase à noite.
A capeia é a pé e colectiva. Umas dezenas de homens seguram o forcão, em diferentes posições, umas mais perigosas que outras (à galha), outras que requerem uma certa habilidade na direcção deste; os altos e os baixos têm que ser distribuídos conforme o lugar, visto que o forcão tem que estar um pouco inclinado. Os movimentos têm que ser sincronizados neste jogo com o touro, força mais ou menos imprevisível. A parte da frente não pode ficar nem demasiado baixa nem demasiado alta, pois o touro pode irromper por baixo ou saltar por cima.
A multidão vibra, sentindo-se uma identidade colectiva que se renova nas festas da Aldeia, coração de tanta gente dispersa por esse mundo no resto do ano.

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