quarta-feira, 2 de abril de 2008

Bretanha. Igrejas rurais. S. Thégonnec








Nas igrejas rurais bretãs há todo um programa religioso e espaços definidos para os vivos e mortos e lugares de oração.
O cruzeiro adquire um lugar central. Fica no recinto religioso mas antes da igreja. Antes desta há um pequeno edifício onde repousam os ossos dos que já passaram pela vida.
No cruzeiro contam-se os vários momentos da vida de Cristo, pormenorizados e como num cenário, ensinando a camponeses que não falavam francês nem outra língua "civilizada", mas bretão falado simplesmente e sem escrita. Tal como no estilo românico, trata-se de uma Bíblia para analfabetos, com uma linguagem estética que reconheciam.
No interior, igrejas sem uma planta convencional, carregadas de símbolos, de santos vencedores dos dragões, dos touros, dos javalis e outras famílias maléficas ou de mártires com os objectos dos seus martírios e a Mãe original, Santa Ana, mãe de Nossa Senhora, afinal a Deusa Mãe desde tempos imemoriais, desde a invenção da agricultura.

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