terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Sobre os anónimos

Sobre os anónimos novamente.
Não sei o que é que dá a alguns portugueses usarem o anonimato. Qual é o problema de usar o nome? É possível que alguns assim escrevam sem outra intenção. E também não me cabe nem me interessa julgar intenções.
Recebi uma mensagem longa sobre a questão da Educação Religiosa Católica.
Quem o escreveu, escreveu, escreveu mas não dá a possibilidade de responder porque é anónimo. Escreveu, sem ter lido a mensagem que eu assinei, como sempre.
A questão é: tem o Estado o Direito de avaliar professores de qualquer confissão religiosa?
Outra: Tem o Estado o direito de se esquecer das outras confissões religiosas?
Não acredito em esquecimentos desta maneira.
E mais outra: Tem o Estado o direito de proclamar que uma Religião é uma Ciência Social?
Há muito que tenho a opinião que é necessário estudar e ensinar religiões, sobretudo para compreender a cultura onde vivemos. E depois que cada um opte pelo que quiser: que seja evangélico, budista, aquilo que lhe parecer melhor ou ainda agnóstico ou ateu. Cabem todos na sociedade que temos. Formação integral só pode existir se houver opção de escolher e não quando se é dirigido num único sentido religioso. Mas se um professor o é por confiança de um dirigente da hierararquia religiosa esse professor ensina condicionado por um ponto de vista. E mesmo que não seja prosélito (os judeus, por exemplo não o são) é parcial. Claramente, se é católico, ensina religião católica; se é muçulmano ensina religião muçulmana...

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